Líder mundial em inovação de tecnologia sem fio, a empresa norte-americana Qualcomm Incorporated (Nasdaq:Qcom) anunciou nesta terça-feira (16) a doação de US$ 750 mil (cerca de R$ 3,8 milhões), em três anos, para o Fundo Patrimonial Lumina da Unicamp.
O recurso deverá financiar bolsas de estudo para alunas de graduação de baixa renda das áreas de engenharia e ciência da computação. “Estamos muito felizes em anunciar essa parceria com a Unicamp”, disse o vice-presidente da companhia na América Latina, Luiz Tonisi, durante evento sobre 5G, realizado na cidade de São Paulo.
Além das bolsas de estudo, será fornecido acesso às plataformas de borda inteligente conectadas da Qualcomm, por meio de 5G, inteligência artificial, internet das coisas, entre outras.“O que queremos é fomentar o ecossistema e ajudar a criar engenheiras e engenheiros que conheçam a tecnologia: as novas tecnologias e tendências, como semicondutores, IOT [internet das coisas], etc.”, explicou Tonisi.
Lançado em outubro de 2020, o fundo Lumina recebe doações de pessoas físicas e jurídicas, com o objetivo de possibilitar a execução de projetos nas áreas de pesquisa, ensino, extensão e inovação.
O Lumina permite que alunos, ex-alunos, empresas, instituições públicas e a sociedade em geral apoiem a Universidade na formação de talentos, no desenvolvimento de pesquisas de qualidade e na realização de suas atividades de assistência e extensão. E, desta vez, a contribuição veio de uma empresa dirigida por um ex-aluno.
O atual CEO da Qualcomm é o brasileiro Cristiano Amon, que foi estudante da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação (FEEC). Em 2019, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade. O título é concedido a pessoas que fizeram contribuições relevantes às ciências, letras e artes e prestaram serviços importantes à sociedade e à Unicamp.
“A Unicamp trabalha nutrindo a paixão dos alunos por engenharia e ciência da computação, e estamos orgulhosos de apoiar a instituição enquanto ela prepara um grupo diversificado de futuros engenheiros”, disse John Smee, vice-presidente Sênior de Engenharia da Qualcomm Technologies, Inc. “Estamos comprometidos em despertar a paixão dos jovens por ciência, tecnologia, engenharia e matemática e esperamos que a doação ajude a inspirar a próxima geração de estudantes a desenvolver novos aplicativos em nossas plataformas de ponta, para enriquecer a vida das pessoas”, acrescentou ele.
Inclusão de mulheres jovens
“Estamos muito orgulhosos dessa iniciativa e parceria com a Qualcomm”, disse o reitor da Unicamp, professor Antonio José de Almeida Meirelles. “Esta será a aplicação mais importante de recursos destinados ao fundo Lumina. Neste caso, estamos realizando uma ação em parceria com uma empresa líder em inovação e tecnologia. Além de preparar graduandos de alto nível para o mercado de trabalho, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico e a geração de riqueza, estamos trabalhando efetivamente para aumentar a inclusão de estudantes mulheres jovens e em situação de vulnerabilidade econômica em uma das melhores universidades da América Latina e de países emergentes, ou seja, atuando amplamente na agenda de inclusão por meio da educação”, disse o reitor.
Conectada a algumas das melhores universidades do mundo, a Unicamp possui mais de 500 acordos acadêmicos permanentes com universidades de mais de 50 países e recebe cerca de dois mil estudantes internacionais. A universidade é responsável por cerca de 12% da produção de pós-graduação e cerca de 8% do total de pesquisas realizadas no Brasil.
A Unicamp é líder em produção acadêmica entre as universidades brasileiras. Excepcionalmente empreendedora e com os olhos voltados para o futuro, a Universidade é uma das organizações que mais gera patentes no Brasil. Mais de mil empresas foram criadas por ex-alunos. Essas empresas oferecem mais de 33.000 empregos e geram uma receita total anual de cerca de US$ 1,6 bilhão.
Sobre a Qualcomm
A Qualcomm é líder mundial em inovação em tecnologia sem fio e está na raiz do desenvolvimento, lançamento e expansão do 5G. Hoje, as tecnologias fundamentais da empresa habilitam o ecossistema móvel e são encontradas em todos os smartphones 3G, 4G e 5G. Além disso, provoca impacto da mobilidade para novos setores, incluindo automotivo, internet das coisas e computação.
Sobre a Lumina
Os fundos endowments ou patrimoniais, como são conhecidos no Brasil, são formados com recursos de doações de pessoas físicas ou jurídicas que são investidos no mercado financeiro por um gestor profissional.
Os rendimentos são direcionados para os projetos relacionados a causas filantrópicas, sem que o dinheiro possa ser depois resgatado.
Esses fundos são considerados como uma estrutura de sustentabilidade financeira de longo prazo, já que a ideia é assegurar a perenidade no financiamento dos projetos que motivaram as doações, como os desenvolvidos pelas Universidades, baseados em ensino, pesquisa e inovação.
Os recursos têm como objetivo complementar orçamentos e investir em projetos específicos. Não eliminam a necessidade de investimentos governamentais nessas instituições.
O caso mais famoso é o fundo de endowment da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Criado em 1974, conta com um patrimônio de US$ 39,2 bilhões. Cerca de 35% dos recursos das Universidades norte-americanas, por exemplo, são provenientes dos fundos de endowments.
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Autoria: Tote Nunes | Fotos: Antonio Scarpinetti | Edição de imagem: Paulo Cavalheri | 17 de agosto de 2022